segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Um café com Dylan Dog


Se se é um fã do detective dos pesadelos, esta é uma paragem obrigatória em Londres. Não pela comida, embora aí possa ter tido algum azar, por ter lá ido nos dias da pausa de natal, com o espaço a meio gás. O Cafe Dylan Dog fica pertíssimo da estação de Paddington, logo no início da Craven Road. Precisamente no número 7, que no mundo ficcional de Dylan Dog é a localização da sua casa londrina, lar de Dylan, Groucho, da campainha que urra, do clarinete e do modelo de veleiro que Dylan nunca mais acaba de montar. Na vida real, a rua e a localização existem, e tal como o número 221B de Baker Street, tem um local alusivo ao mundo ficcional.


Numa manhã gelada londrina, daquelas em que a chuva se transforma em revoadas de neve antes de derreter no solo, aproveitei para um pequeno almoço com o Old Boy. Não foi dos melhores english breakfast que comi, mas para um fã de Dylan Dog, é uma experiência incontornável (e sensivelmente mais barata do que Baker Street para fãs de Sherlock Holmes). O espaço é o de um café normal, com ilustrações alusivas a Dylan Dog nas paredes. A que está no mural é mesmo a melhor, as em quadros parecem má fan art.


Atrás da minha mesa, dois agentes da Metropolitan Police tomavam o seu também britânico pequeno almoço. Um, curioso, perguntou ao empregado de balcão quem era este tal de Dylan Dog. Para surpresa minha, este não foi capaz de lhe responder quem é este personagem de fumetti. It's a comic book character, a detective. Like Sherlock?, pergunta um dos agentes. Podia ter intervido, mas achei que os iria assustar. Terminei o pequeno almoço e saí para o frio, em direcção a Baker Street e a outra homenagem geek, esta bem mais mainstream do que a primeira da manhã.

Só me faltou estar ler um exemplar de Dylan Dog enquanto tomava um café. Fica para a próxima.